sábado, 13 de março de 2010

Campanha: CHEGA, PÁSCOA!

Feriados viraram/virarão sinônimos de ir para Cruz Alta. E como na Páscoa será a primeira vez que irei até lá como uma ex cruzaltense, permito-me fazer deste um momento especial. Sendo assim, fiz uma lista das 15 principais coisas (publicáveis) que quero fazer por lá:

1- Esmagar família e amigos pra ver se exprimo a saudade;
2- Comer a comida da minha mãe;
3- Cantar com o pai e ajudar nos escritórios;
4- Brincar e chorar rindo com a Kamille até entrarmos em desacordo para confirmar a irmandade;
5- Pular na cama;
6- Dar oficina de contemporâneo pra quem quiser ir (propagandas em breve);
7- Dançar o Spirudel;
8- Andar pelada pela casa;
9- Comer a massa da Camila;
10- Mofar na casa da Gabi;
11- Ir no STS/Júri/Arranca/ Bahamas/Sabor/Estação Café;
12- Contar, contar, contar/mostrar, mostrar, mostrar;
13- Escovar os dentes com a mesma escova durante um dia inteiro;
14- Abrir todas as gavetas da minha casa;
15- Dar comida para as tortuguitas.

Às vezes parece que o Natal vai chegar antes da Páscoa. Então, a partir dessa humilde lista de afazeres breves, declaro aberta a campanha: CHEGA, PÁSCOA!

E por hoje é só. Só deixo avisado que tenho imensa e total liberdade para acrescentar/mexer/alterar o que for na listinha, ok? Pelo menos até a Páscoa chegar.

Pra fazer pensar

Dois mil e quatro. Casa da Camila, na frente da Oca, Cruz Alta. Algumas gurias da quinta série do ensino fundamental. Motivo? Trabalho sobre fungos da nossa primeira feira de ciências. Sentamos em frente ao computador. A partir daquela máquina, milhares de conflitos: quem digitaria mais rápido, quem saberia como editar as imagens dos fungos, quem se habilitaria a salvar no disquete. Mas o maior conflito de todos: pesquisar onde, Google ou Cadê?
Lembro como se fosse ontem. A dúvida era cruel. Algumas sugeriam que pesquisássemos num, outras noutro. Ainda lembro da minha opinião: textos no Google e imagens no Cadê. Parecia óbvio para mim.
Ontem, em pleno dois mil e dez, depois de milhares de alterações em milhares de sentidos na minha vida e no mundo, o Google não estava abrindo aqui. E,quando menos percebi, lá estava eu com o site do Cadê aberto na minha frente. A diferença era que eu não estava pesquisando sobre fungos. Não estava na frente da Oca. Estava a alguns vários quilômetros de Cruz Alta. Não tinha a sorte de ter as tais gurias do meu lado literal. Sabia digitar bem mais rápido que naquele tempo. Saberia editar as imagens dos fungos, caso precisasse e até salvaria a pesquisa no disquete, caso ele ainda existisse. Quanto ao maior conflito de todos? A própria internet havia resolvido por mim.
Tudo está sempre em constante mutação e quando menos esperamos nos deparamos com o seguinte questionamento: "quando eu iria imaginar?". Comigo, a resposta é relativa. Mas que causa uma série de reflexões numa cabeça meramente preocupada com a relação passado/presente/futuro, causa. Ah, como causa!
A grande maioria das coisas muda por nossa culpa. Outras são atropeladas e moldadas por internets da vida que resolvem por nós sem que ao menos percebamos.
Tudo que parece óbvio hoje, amanhã mudará. E não vem com esse papo de que "depende de nós" que eu já sei que é verdade. Afinal, hoje tudo é óbvio. Já, amanhã...internets da vida poderão entrar em ação. E quer saber de outra coisa? Entenda como quiser.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Voltar de férias é...: "Com roupa de praia"

Vou ter que postar isso aqui. Por felicidade, em primeiro lugar. E, em segundo, por orgulho dessa guria que o mundo vai se surpreender ao conhecer. Vencedora de um concurso cultural realizado pela Zero Hora, Fernanda Becker, a minha Fezinha, começa a mostrar a cara, talento e inteligência por ares cada vez maiores. Aproveita e lê o primeiro de tantos outros textos publicados por ela neste jornal onde tu, com certeza, ainda verás o nome da mesma "no famoso listão no jornal gaúcho para o qual ela manda este texto".
Aprecia...sem moderação:

Zero Hora publica hoje o quarto texto vencedor do concurso cultural Voltar de Férias É..., que convidou estudantes de todas as idades a escrever sobre o tema. Fernanda Becker, 16 anos, aluna do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Franciscano Santíssima Trindade, de Cruz Alta, revela como é voltar à rotina para o último ano colegial:

Hoje, pela manhã, meus colegas e eu fomos à aula a caráter: todos vestidos de praia. Era o primeiro dia de aula, acompanhado do primeiro trote do terceiro ano. Chegamos todos com boias, chapéus de praia, guarda-sol, cadeiras, cangas e acessórios típicos de quem está de férias, tudo porque queríamos mostrar que estamos voltando delas.
Mesmo que muitos lamentem essa data, tenho que confessar: voltávamos hoje com o maior sorriso. Sorriso de quem acaba de voltar da melhor estação e período do ano. Voltar de férias é trazer para dentro da sala de aula toda a alegria de uma temporada inteira de diversão. É reencontrar e fazer amigos. É ter toneladas de novidades para contar e para ouvir. É não se chatear em ter de responder infinitas vezes a cada professor que entra na sala e pergunta: “Como foram as férias?”. Voltar de férias, para mim, também é reencontrar minha segunda casa. É querer conferir cada mudança na construção do colégio, nos preços da cantina.
E embora esse verão tenha trazido as melhores férias da minha vida, sei que, mais do que nunca, voltar à vida real terá de ser um pouco diferente, uma vez que este é meu último ano no colégio. Voltar de férias também vai significar usar a energia que estou transbordando para recomeçar os estudos com tudo, ter garra e força de vontade para concluir o Ensino Médio da melhor forma possível. Voltar de férias como aluna do “terceirão” é já sentir gostinho da saudade que vai bater quando, no próximo ano, não voltar de férias no mesmo lugar de tantos e tantos anos.
Enfim, volto de férias hoje consciente da responsabilidade de equilibrar estudo e agito. Volto torcendo para que essa felicidade toda permaneça até o final das aulas, quando, tendo feito tudo como o planejado ao voltar de férias, estarei ansiosa em ver meu nome no famoso listão no jornal gaúcho para o qual mando este texto, para poder, como universitária, voltar de férias outra vez.

terça-feira, 2 de março de 2010

Outras maneiras de lavar a louça

Começo nossa conversa virtual-escrita fazendo um convite: sente-te a vontade para transferir esse texto (não só este) para qualquer âmbito da tua vida. Sem limitar ao que está escrito aqui, ok? É um desafio! Para bailarinos e pessoas que dançam, pode fazer muito sentido.
Se tu és bem atento, já deves ter percebido: essa guria, querendo ou não, acaba chegando no assunto dança. Pois é exatamente esse o foco principal do palavras dançantes de hoje.
Falo um pouco disso, um pouco daquilo, mas, começando pelo título, esse blog acaba, de uma maneira ou de outra, movimentando-se conforme as batidas dançantes que me vêm a cabeça. Normal! Ou melhor, previsível.
O que vemos/ouvimos/percebemos/sentimos acabam, de alguma maneira, tornando-se os assuntos principais de nossas escritas. Nossa vivências constituem, aos poucos, nossa personalidade. E é justamente ela quem vai dar forma às nossas produções.
Experimenta ir até o mercado mais próximo de ti. Chega, pega um carrinho, deposita tudo que está contigo dentro dele. Sai perambulando. Fazendo de conta que está vendo preços ou procurando o detergente mais barato para a louça que te espera em casa. Mas, se liga! Eu disse: faz de conta! Na verdade, o que tu melhor tens a fazer neste momento é perambular pensantemente sobre qualquer outra coisa. Observar as pessoas, como elas caminham, como reagem aos preços, como se comunicam. Observa, também, a maneira como interagem umas com as outras. Tenta, quem sabe, interagir com elas. Obrserva a rodinha do teu carrinho: ela teima ou segue exatamente o trilho que tu estás traçando a ela? Percebe o que se vende, o que se expõem. Sei lá, abusa da tua criatividade. Mas te permite ser um ser obervador atento e, mais do que tudo, presente.
Tenho certeza, que, após retirar tuas coisas do carrinho, colocá-lo no lugar novamente e reatravessar as esquinas de volta para tua casa, tu vais te sentir, no mínimo, uma pessoa inspirada. E, se não for para montar uma super coreografia, escrever um fabuloso texto, programar um projeto, pintar um quadro, criar um roteiro, formular uma mensagem pessoal ou um quem sou eu tri divertido, vai servir para que tu laves a louça que te espera de uma maneira nova e inusitada. Não sou vidente nem nada (às vezes), mas posso garantir: a tua louça vai ser melhor lavada que qualquer outra. E o melhor de tudo: independente do preço do detergente.
Viu como faz sentido? As inpirações aparecem aos poucos, basta observar a vida. Afinal, a gente escreve a vida, dança a vida, pinta a vida, faz o que for, através e a partir dela.
Meu, viaja na tua cabecinha! Ela é só tua mesmo!
Já parou para imaginar a imagem do Eduardo e da Mônica que Renato Russo tão bem soube encaixar numa história de amor moderna? Qual a tinta do cabelo da tua Mônica? Ah, não! Não acredito que nunca pensaste nisso! Mas e outra: sabe o tal homem que os professores de história tanto falam? "Ah, porque o homem criou isso, acabou com aquilo". Coitadinho desse homem, né? Só xingam ele. Eu é que não queria ser esse cara. Sempre penso nisso.
Só falei besteira hoje. Mas torço para que tais besteiras sirvam de convite a ti para uma vida mais pensante e criativa, sem se privar a coisas tradicionais e comuns. E pode ter certeza, tuas novas aspirações tornar-se hão os protagonistas das tuas produções. Independente do detergente.