São resquícios do que se foi ao som de Rodrigo Leão. Momentos de hoje na MBP. Sonhos para amanhã em ritmos mais batidos.
Mas nada deixa de ser contínuo, leve, flutuando. Se Laban fosse definir a qualidade do movimento do que sinto agora, não estaria nada distante do lento, leve, indireto.
São certezas sempre duvidosas. O tempero é o sonho em ação. Em construção, descontrução. Embalado por momentos e pessoas.
A necessidade de criar não encaixa-se à liberdade de o fazer quando o instinto chega. A saudade cala, habituada, acostumada, necessitando ser forte.
A força surge da necessidade em ajudar o outro.
Tranformar, ajudar, fazer diferença.
Os sonhos variam entre os momentos mais simples, as cenas mais esperadas e os acontecimentos bombástivos, estimulantes, visitantes ativos do futuro.
A lamentação pelo simples fato de ver injustiça ou julgamentos de todos os lados. O desamor pela auto promoção, pela acusação, pela falta de "ser".
A leveza, tranquilidade, poesia do simples. Das crianças. Da natureza. Da Amelie.
A caixa de leite faz lembrar todos aqueles presentes e elogios que devem caminhar ao rumo do estímulo, desviando a estrada do ego.
Até porque ego é uma palavra tão feia, mas tão feia, que até ganha de fronha.
Saber viver na energia, nas conquistas e definir bem a abundância das consequências do sucesso, sem deixar subir para a cabeça. Deve ficar preso no abdômen. Afinal, só ele prende. O resto relaxa e, com a vida, aprende.
As horas já nem têm mais importância. A imaginação é maior que o tempo. O querer, mais forte que as dificuldades.
Ah, tem outra coisa também. Assumir os defeitos geram mais leveza à vida, ao corpo. A insistência pode sangrar, por vezes. E tudo aquilo que sangra, suja. Sai do rumo ideal das coisas. Se é que isso existe.
Alma, alma, calma. Lama. Tudo que for claro, leve, solto, simples. Como tudo que se constrói.
A vida é feita de escolhas. Eu escolhi viver assim. Pelo menos hoje. Sem nexo. Mas tendo a certeza de que, para alguns, pode fazer total sentido.
