domingo, 8 de janeiro de 2012

Sem calar o que faz gritar

Há certas situações que nos causam. Não sei definir muito bem o quê. Sei que causam. Estranheza, fome, quem sabe.
Liguei o notebook hoje e meu teclado não estava funcionando. Tentei de todas as formas arrumar, mas meus conhecimentos tecnológicos e informaticais não são suficientes. Ainda.
Pelo querido e amado mouse consegui entrar no Facebook e ver ao menos o que se passava no mundo. Dos meus amigos virtuais, claro.
Eis que surge uma sensação quase sufocante: o ouvir sem poder falar, o ver sem opiniar. Logo com a Kauane que tanto gosta de brincar com as palavrinhas. Pior ainda é ver as pessoas falando comigo e eu respondendo com a boca, sonhando que aquilo servisse como resposta ouvível no chat.
É claro que não serviu. E eu me encontrei muda, indefesa e o pior de tudo, indiferente. É como saber o que dizer e não ter oportunidade. Ter o que falar e ser calada. Querer gritar, mas ver o mundo tentando impedir.
Talvez você sinta-se assim...desencorajado, mudo e convida dia a dia com o fato de saber o que dizer, mas ter medo de pregar. Medo da reação dos outros, de como vai ficar sua reputação. Afinal, o que eles vão pensar de você?
A primeira grande chave da questão é que o querer agradar o mundo é a nossa maior ilusão. O mundo é simplesmente cego e acaba ensurdecido pelas falsidades da mentira.
De fato, muitas teorias não vão ser aceitas pelo próximo, por serem justamente hipóteses. Talvez o seu livro e autor preferido não alcance o grau de convecimento concordante do seu amigo. Mas da sua vida ninguém pode duvidar.
Talvez o que você lê seja realmente encantador e até possa ser coerente. Mas o que se vive destrói teorias hipotéticas. Afinal, é prática.
E sendo prática, é vida. É simples. Pregar, ouvir, defender e falar sobre o que se vive em essência vai além de opinião.
Falo da verdade, do único caminho, milagres, orações respondidas, chamado, certeza, foco, ministério, missão. Falo da paz que excede todo entendimento.
Falo de Jesus. E esse é um cara por quem não me calo. Independente do funcionamento do meu teclado.

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