- Ana! - gritava já ligando a televisão para assistir Eliana.
A Kamille já havia acordado e a Luiza já ligara para combinar o estudo daquela manhã de quarta. Mas eu não poderia tomar banho, vestir o uniforme azul royal do Santíssima e arrumar a mochila sem antes sentir a temperatura da mamadeira com as bochechas, tirar o cabelo de trás do pescoço e espalhar no travesseiro, por a borracha na boca e simplesmente me permitir viajar nas delícias do leite com nescau morno. Fator muito importante, já que muito quente queima a língua e muito frio...também.
Isso me fez lembrar do dia em que descobri que gelo também queima, quase como o fogo. Mas isso não vem ao caso. O que me interessa agora (e isso me faz lembrar daquela música do Lenine) é que eu amava mamar. Ainda amo, suponho. Mas não pratico o amor.